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sábado, 21 de junho de 2008

Dalai Lama


"Em muitas ocasiões, pude comprovar que os períodos mais duros da existência são também os mais ricos, tanto em conhecimento como em experiência, pois eles dão-nos a oportunidade de crescer espiritualmente. Deixam-nos mais maduros. Por outro lado, nos períodos mais faustosos tendemos a amolecer. As circunstâncias dramáticas obrigam-nos a ir buscar recursos interiores insuspeitáveis. Ganhamos a coragem de enfrentar as provas sem nos deixarmos submergir pelos nossos sentimentos."

Samsara - A vida, a morte o renascimento, Edições ASA (2000).



"Quando cometemos um erro não podemos pôr o relógio para trás e recomeçar. O mais que podemos fazer é utilizar bem o presente. Por conseguinte, quando chegar o nosso último instante, se pudermos olhar para trás e ver que vivemos uma vida plena, produtiva e significativa, isso reconfortar-nos-á. Mas, se não for o caso, podemos sentir-nos muito desgostosos. Depende de nós."

"Porque achamos nós tão difícil ser feliz quando é tão simples? Infelizmente, embora a maioria de nós se considere uma pessoa compassiva, temos tendência para ignorar estas verdades de senso comum e não enfrentarmos as nossas emoções e pensamentos negativos. Ficamos profundamente afectados por coisas triviais como perder algum dinheiro mas não fazemos o que é genuinamente importante e isso não nos afecta minimamente. (...) Consideramo-nos muito espertos, mas em que é que usamos essa esperteza? A maior parte das vezes usamo-la para enganarmos os vizinhos, para nos aproveitarmos deles e beneficiarmos à sua custa. E quando as coisas não funcionam, convencidos que temos razão, acusamos os outros das nossas dificuldades."

"Abandone a inveja, renuncie ao desejo de triunfar sobre os outros e, pelo contrário, tente beneficiá-los. Com bondade e coragem, confiante de que, ao fazê-lo, irá encontrar o sucesso, dê as boas-vindas aos outros com um sorriso. Seja honesto e tente ser imparcial. Trate todas as pessoas como se fossem amigos próximos. (...) Se, por qualquer razão, não puder ajudar os outros ao menos não os prejudique. (...) Portanto, se enquanto usufrui do mundo tiver um instante, tente ajudar nem que seja um pouco os que o infortúnio abateu e os que por qualquer razão não podem ou não sabem ajudar-se a si próprios. Tente não voltar as costas aos que têm uma aparência estranha, os miseráveis e os enfermos. Tente nunca pensar neles vendo-os como inferiores. Se puder, tente não pensar em si como valendo mais que o mais humilde dos pedintes. Na sepultura somos todos iguais."

Ética para o Novo Milénio, Editorial Presença (2003)

1 comentário:

Inês Maria disse...

É sem dúvida nos momentos mais duros que mostramos a nossa verdadeira essência.
Habitamos em nós e não nos conhecemos verdadeiramente.
E é na dor que damos verdadeiras provas do nosso mais puro eu.
E é quando achamos que mais não podemos seguir em frente que temos mais forças para o fazer.
E é quando não temos mais chão que aprendemos a voar.


"E quando não mais tenho forças para caminhar... levas-me em teus braços!"